sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O perfeito imperfeito - Primeiro Capítulo


Era uma vez... não, não era uma vez, é agora.
 Eu poderia me apresentar, como fazem os começam uma história, mas não é necessário. Você vai me conhecer bem depressa. Vou pedir que da pra frente, você, por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável, amiga, agradável, a... bom esses são só os "As" de minha vida. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo. Isso deixa você com medo? Não, não se preocupe, sou tudo menos injusta. Enfim, sou Fernanda.
 Meu primeiro ano em uma escola nova, primeiro ano do ensino médio. Confesso que eu morria de medo em estudar com alguém que eu não conhecia, sinceramente eu não conhecia ninguém, mentira, conhecia um ou outro que estudava comigo no colégio antigo. Como eu digo pra mim mesma, nesse mundo ruim, sempre existe pessoas boas, ou não. Encontrei meu antigo amigo Mateus e desesperadamente pedi para me colocar na mesma sala que ele, e sim, o diretor aceitou o pedido.
 Meses se passaram e eu ja estava completamente enturmada com a turma, menos com uma. Vitória era uma menina linda e loira, muito tímida, quase não nos falávamos. Eu me sentia meio inútil, na verdade eu também tinha um pouco de vergonha em chama-la para conversar, talvez ela não gostasse de mim. Não sei porque, mas eu sentia um grande carinho por ela.
É, o que está escrito ninguém pode mudar.
- Eu Vitória, faça o trabalho com agente, sente-se aqui. - disse Mateus. Eu olhei pra ele assustada, séria e com raiva. Porque ele tinha que chamar ela e não me avisar? Enfim, ela foi, se sentou com a gente, deixamos o trabalho de lado e posso lhe dizer que o papo rendeu. À partir daquele dia, uma grande amizade se iniciava e uma grande irmandade estava por vir.
No primeiro ano eu tinha aula de reforço três vezes na semana, e como eu estudava no período da manhã, meu reforço era a tarde. Na verdade eu odiava ter que trocar meu horário de lazer para ter que estudar o que eu estudava toda manhã, isso me cansava, não tinha nenhum motivo que me fizesse ir pra aula. Bom, foi aí que eu me enganei.
O intervalo do período da tarde era bem mais calmo que o da manhã, e por esse pequeno detalhe, os mais retartados se destacavam. Não vou dizer que foi amor a primeira vista, porque na minha opinião isso não existe, isso é só um pretesto que as pessoas encontram para tentar dar mais velocidade com a coisa. Aquele menino era espetacularmente lindo, maravilhoso, incrível, ele era tudo sem ser nada. Está bem, pode ter sido paixão a primeira vista, porque ninguém ama sem conhecer, sem saber as qualidades. Eu sabia que conhecia ele de longe, mas não me lembrava de onde.
- Monique, aquele é.. ? - eu apontava com a cabeça, super discreta, sem nenhum movimento que pudesse me constranger depois. Ah, e sobre Monique, era uma grande amiga minha do colégio antigo, era uma amizade forte e verdadeira, pelo menos da minha parte.
- Sim, aquele é Enzo, ele namora a Fabi, lembra? - ela disse sem nenhum interesse. Aquelas palavras me deixaram irritada, e eu não entendia.
Não, aquilo não podia me afetar, eu não o amava, não tinha o porque de querer saber mais dele. Eu não queria me envolver, não queria amar, não queria me machucar. Nunca entendi quando as pessoas diziam que o amor é lindo, como assim lindo? Talvez elas diziam isso porque de alguma forma, aquele amor era correspondido, que bom se fosse assim com todos.
Os dias passavam e a cada semana, a cada dia, a cada hora, a cada momento a vontade de vê-lo e de estar perto dele ficava maior. Eu não entendia, mas no fundo eu gostava. Queria achar algum motivo pra poder conversar, ao menos ser amiga dele. Nunca me esqueço do primeiro dia em que nos falamos, que a mão dele tocou na minha e que meu coração por um instante parou. Eu, Monique e Vitória, era intervalo da aula e eu estava com alguns materiais na mão. Distraída como sempre fui, esbarrei sem querer e um menino, não olhei pra ver quem era, não me importava, só o que eu queria era juntar os livros que aquele garoto ignorante tinha derrubado de meus braços. Agachei-me, concentradamente juntando os livros e sinto meu coração bater mais forte, mais uma vez não entendia porque.. Sim, era Enzo na minha frente! Eu não sabia o que fazer, minha mente não lembrava que eu tinha que levantar, que ao menos um 'oi' eu teria de dar. Levantei, minhas pernas tremiam, meu coração queria sair pela boca.
- Seus livros - com um sorriso irradiante, que iluminou meu dia, ele me entregou os livros.
- Obrigada - respondi, sem sorriso, com raiva de mim mesma por não ter o que falar.
Foi naquele exato momento que aconteceu o que eu não queria, eu o amava.

Continua[..]

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Volta, eu preciso.

Fecho os olhos e viajo no tempo, na noite em que, sentados em frente a sua casa, nós conversamos e, por alguns segundos, eu consegui te dizer um pouco do que eu sinto por você. Já faz um tempo, não nego, na noite fria de verão, aquela noite em que eu chorei ao falar do meu amor, aquela noite em que você me teve nos braços e me acalmou como se fosse um anjo. Você segurou as minhas mãos, que estavam suando frio, e falou "eu sei que você vai estar aqui por mim, sempre quando eu precisar.. Obrigado", nos abraçamos e eu senti o mundo parar. Eu me lembro como se fosse ontem, talvez você nem se lembre, pode ter sido pra você uma noite qualquer, ou um abraço qualquer. Mas é isso que vai me fazer te amar. Abri os olhos e minha mente passa por cada lembrança, cada emoção, por cada vez que você tocou as notas do seu violão de uma música e eu chorei. Lágrimas de alegria, de orgulho, de felicidade. Passo a mão lentamente pela sua letra, uma folha que você me deu a um tempo atrás, ainda tem seu perfume nela, é incrível como você faz as palavras mais simples virarem poemas de amor. E agora? O que me resta? Só as lagrimas que ficaram naquele papel? Cadê você pra me acalmar com aquele abraço que só você sabe me dar, aquele bem apertado? Porque você não está aqui agora? Eu não agüento mais ficar sem você, é desabafo eu sei, mas eu preciso, meu coração ta fraco, eu preciso, quantas vezes vou precisar falar isso pra você? EU PRECISO, EU PRECISO! 

domingo, 1 de agosto de 2010

De volta.

É, acabou as férias, voltei pra casa.. Pra quem não sabe, eu estava viajando *-* fui ver meu bebezinho, passei duas semanas em São Paulo. Matei minha saudade, revi amigos, familiares.. Na verdade eu não queria ter voltado, eu estava mito bem lá, foi um tempo maravilhoso, foi incrível passar duas semanas inteirinhas com meu bebe. Vou postar algumas fotos da viajem só pra matar a curiosidade de vocês u_u














Posso dizer que eu tenho uma caixa cheia de memórias. Tenho aquela garrafa de água da viajem, um ingresso amassado, fotos maravilhosas, uma folha de papel oficio com a letra do Dudu dizendo “Eu te amo tielle” com o cheiro dele e infinitas lembranças. Quando eu precisar de motivação, eu vou abrir essa caixinha, pegar a folha que ele escreveu com tanto carinho, com aquela letrinha tão linda e lembrar dos melhores momentos que eu passei com ele. Eu sei que as fotos congelaram meu sorriso e o dele, mas a única lembrança que ninguém terá e algo que a máquina não pega é o toque da mãozinha dele no meu rosto, a palavras erradas que ele dizia e principalmente o abraço dele, que é o único abraço que me conforta. Quando cheguei em casa, fechei os olhos, eu adoro fazer isso, minha alma descansa, enfim, me deitei e chorei muito, lembrei de quando eu cheguei lá, do primeiro abraço, do primeiro beijo, do ultimo momento e do adeus. Eu falava sozinha e dizia: Obrigada meu bebe, obrigada por existir. É somente sua existência que me faz querer viver. Abri meus olhos, guardei aquele papel que ele me deu, guardei com um sorriso no rosto. É nessas horas que me bate a saudade, e só o que me resta é a lembrança, mas a saudade ta intacta e sempre vai permanecer enquanto ele estiver longe.