terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sufocada


Toda noite eu me tranco no quarto, eu apago a luz, abro os olhos e não vejo nada. Depois de um tempo o que era escuro vai se tornando nítido e enfim eu respiro. Não sei, me deu vontade de contar isso, na verdade era meu segredo, é pra onde eu fujo quando nada da certo. Depois disso eu fecho os olhos e sonho com ele, só que isso me sufoca. Eu fecho os olhos e saio da minha paz, do meu escuro, do meu refugio. Preciso respirar, eu não quero morrer aos poucos nessa escuridão que não era mais minha paz, não quero morrer aos poucos com essa dor que insisti em ficar em mim. Sempre pedi pra estar forte quando esse pesadelo chegasse nos meus sonhos. É que no fundo eu queria que fosse real ter ele aqui perto de mim, sentir o cheiro dele, ouvir a voz dele, como antes. Mas não, não posso viver sonhando, tenho que encarar a realidade, a verdade! Eu preciso de um tempo, um pouco mais. Talvez eu precise ainda de uma despedida, eu ainda não sei o que é certo pra mim. Eu até sei, o certo é você, mas o certo não me quer. E só vai ficar a lembrança, é tudo o que me restou daquela noite. Sempre vai ficar o vazio, sempre vai ficar a presença da ausência.

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